domingo, 4 de junho de 2017

Seguir aprendendo sempre ou sobre como vivenciar práticas educativas e pedagógicas num mundo cada vez mais digitalizado.




 Desde que me descobri 
educadora, e até antes também, percebo que tenho uma facilidade muito grande de comunicação com os jovens por gostar, na maioria das vezes, de quase tudo que eles gostam de ler, assistir, ouvir, jogar. Desde quadrinhos até séries e filmes, sempre temos algo para conversar, trocar, comentar, e com estes diálogos e trocas, sempre acaba surgindo uma vontade muito grande de transformar isso em experiência-ação coletiva junto à comunidade onde estes jovens estão inseridos. Como professora de português e literatura sei bem das dificuldades de provocar a curiosidade e/ou o encantamento que envolva estes jovens em leituras, muitas vezes nada atrativas e distantes do "planeta" que a juventude de hoje habita.

Pensando nisso e em todas estas trocas, é que algum tempo atrás tive a ideia e, junto com alguns colegas, criamos um projeto para aplicar em sala de aula com minhas turmas de Ensino Médio, que promovesse o compartilhamento dessas paixões de fãs do mundo nerd/geek.  Trata-se, nada mais e nada menos que montar uma atividade baseada nos grandes encontros mundiais que promovem esse tipo de encontro de todas as "tribos" de fãs, tais como Comic Con e Animextreme, Para quem não sabe, aí vai uma pequena aula de história: 
"Era uma vez ...
 um grupo de fãs e profissionais de quadrinhos que, em 1968, se reuniu em um hotel no que chamaram de “Comicon” (convenção de quadrinhos, em tradução livre), quando inclusive organizaram um “fancy dress contest” (concurso de vestimentas). Nascia ali uma tradição que se espalhou pelo mundo e que evoluiu com o passar do tempo, vindo a incorporar outras áreas além dos quadrinhos. Isso aconteceu em Birmingham, na Inglaterra."  (extraído de A história das comic-cons

...e...

"Num passado distante... 
Mas quem diria que o terceiro maior evento multitemático do Brasil teria nascido de um simples encontro entre amigos? Pois bem, foi assim que Márcio Raphaelli Sironi (foto) e seu sócio Darcy Filho deram início ao que, mais tarde, se tornaria o Animextreme. Tínhamos um grupo de amigos que se reunia aos fins de semana para jogar partidas de RPG e vídeogame. Em uma dessas reuniões surgiu a ideia de locar um espaço onde os jogadores de RPG da região pudessem se encontrar e trocar experiências”, explica Márcio. Também pensavam em montar uma associação voltada a esse público, daí veio a ideia da AFAR, ou Associação de Ficção, Anime e RPG. Em 2008 a sigla se transformou no nome da produtora, que hoje é a responsável pela organização do evento. " (extraído de História do Animextreme).



Quando a ideia foi dada em sala de aula, a "holla" foi enorme, ou seja, a aceitação da gurizada foi total e já, naquele mesmo momento, antes de sequer existir nada além de uma simples ideia, começaram a organizar o processo todo delegando-se tarefas das mais diversas, a fim de que tudo desse certo e se concretizasse.  Por isso criamos um aplicativo, Comic-con na Escola, para que o processo e o aprendizado saia dos limites das paredes e muros da Escola e ganhe um horizonte mais amplo, assim como uma Biblioteca Virtual   para ser alimentada e consultada quando necessário em busca de mais conhecimento e aprendizagem com outras experiências e, também para guardar o material que fosse criado a partir da aplicação do projeto Anime na Escola. 




Hoje em dia, já com o projeto em execução dos primeiros passos, foi necessário expandir a experiência-ação destes e destas jovens, que desde o primeiro momento, compraram a ideia e batalharam para tornar tudo realidade. Pensando nisso é que compartilhamos esta experiência com todos e todas aquel@s que quiserem apreciar, ou até mesmo participar, seja como visitantes, colaborador@s, oficineir@s, ou simplesmente como curios@s dispost@s a descobrir do que essa nossa linda juventude é capaz... 
Sejam bem vind@s!