segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Série Millennium ou A garota que eu queria como melhor amiga




Sabe aquele livro que você ganha e fica lá, no meio dos outros, esperando para ser lido? Pois é, tenho vários desses. A pilha só aumenta e o tempo para ler, que é o bom da brincadeira, anda cada vez mais raro. Foi num desses tempos de leitura não previstos nas duas últimas semanas que peguei a Trilogia Millennium, pois queria algo forte e que me fizesse querer chegar ao fim com o "coração na boca", além do que os lindinhos estavam me abanando e quase que se jogando da prateleira para os meus braços.
Diz o ditado "Cuidado com o que você deseja", e mais uma vez foi isso que consegui. Eita série gostosa de ler!!! As personagens são o que há de melhor exatamente por serem comuns e plausíveis, a ponto de quem lê imaginar que são reais e moram no apartamento ao lado do seu, mas ao mesmo tempo complexas e intensas a ponto de você sonhar com elas e o livro "gruda em você" a ponto de só aceitar se separar dele depois da última página ser lida.
Ah, mas vai ter alguém que vai dizer que já viu os filmes e não precisa ler os livros e blá, blá, blá...Parça, acredite em mim quando digo "sabi di nada, inocenti"! Vi todos os 4, tanto aquele com a maravilhosa Rooney Mara (na minha modesta opinião de fã, a melhor Lisbeth que assisti), quanto o sueco que foi feito em 2009 e exibido como uma minissérie e nenhum deles consegue mostrar 1/10 da profundidade e dos conflitos da história e de cada personagem. Isso sem falar que, apesar do seriado sueco ser superior e muito melhor em conteúdo desenvolvido que o filme, deixou muito a desejar e pecou na terceira parte quando finalizaram a história desvirtuando algumas das melhores qualidades de personagens que, nos livros, não são nada menos que fortes e corajosas. Uma das características da escrita de Stieg Larsson para as personagens femininas é que nenhuma delas é frágil, doce (no sentido de enjoativa, tá?) ou fraca. E nem preciso dizer que minha personagem favorita ever é, sem surpresa alguma, Lisbeth Salander, aquela melhor amiga do título, e o seriado sueco pisa na bola quando esquece disso ou passa de forma superficial no que é o melhor dos livros. Não sou psicóloga e longe de mim querer fazer uma análise mais profunda mas é uma pena a coisa ficar só na superfície dos fatos. Se bem que se deixarmos as "modificações " de lado dá para curtir a história toda de uma forma cheia de adrenalina, acompanhada de um bom balde de pipoca.
Ok, parei por aqui antes que isso vire um panfleto apócrifo cheio de spoilers. Ainda não li A garota na teia da aranha, escrito por David Lagercrantz que traz Salander de volta e que já me juraram que o estilo de seu criador foi mantido fielmente, mas podem crer que neste exato momento essa pessoa aqui está procurando pela web, pelas livrarias e pelos sebos aquele que será o mais novo morador da estante da família e virá para fazer companhia aos outros três moradores antigos.

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